O mundo dos negócios tem se esforçado para alcançar métodos de produção cada vez mais alinhados à preservação do meio ambiente. Tanto que hoje já não basta saber como um produto é feito, mas sim o porquê dele ser feito. Ou seja, o conceito de empresa sustentável não se limita às questões ambientais, mas abrange também as práticas operacionais e econômicas de cada companhia.
Sendo assim, questões relacionadas à sustentabilidade vêm ganhando espaço em ritmo acelerado na agenda de empresas brasileiras. Principalmente através da implantação de uma gestão baseada na ESG – Environmental, Social and Governance.
A sigla corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. Sendo que, estas são essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos.
Impulsionado pelo desejo de produzir energia limpa e mais barata, o grupo de concessionárias de veículos Geração, um dos maiores do Estado, investiu na construção de uma usina solar. O projeto da Usina Geração, entregue recentemente pela Quantum Engenharia, fica localizado em Biguaçu, na Grande Florianópolis. A estrutura já começou a operar e irá suprir 70% da necessidade de energia das unidades de venda da empresa, em oito cidades.
São 1.260 módulos fotovoltaicos-395 Wp, com potência de 497,70 KWp, o que deverá representar uma economia anual de cerca de R$ 300 mil reais. O ganho ambiental em um ano equivale a quase 9 mil unidades de árvores plantadas. Além de deixar emitir mais de 344 toneladas de CO² na natureza e quase 2 milhões de km de poluentes produzidos por automóveis.
Diante deste cenário, o investimento em energia fotovoltaica tem chamado a atenção de muitos empresários. Pois, dessa forma, além de investir em sustentabilidade, e em tornar sua empresa sustentável, ainda ganham em economia e autonomia, ao fabricar sua própria energia.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), as usinas de geração de energia solar já somam potência instalada operacional superior à das termelétricas. Tanto movidas a gás natural quanto à biomassa. Sendo assim, esta é a terceira fonte mais representativa da matriz elétrica do Brasil.
Os dados apontam que o país conta atualmente com 16,41 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas solares fotovoltaicas. Sendo que, o cálculo considera a geração centralizada (projetos de grande porte) e a distribuída (instalações menores em telhados, fachadas e terrenos).
Em Santa Catarina, a geração de energia a partir do sol segue o cenário de crescimento. Tanto que, de acordo com levantamento da Absolar, o Estado ocupa a 5ª posição no Ranking Estadual de Geração Distribuída. E muito disso vem da construção de usinas solares. Segmento que vem sendo abraçado por empresas impulsionadas pelo desejo de produzir energia limpa e mais barata, que dê maior autonomia.
Projetos solares como o citado acima podem ser adotados por pequenos, médios ou grandes negócios. Sendo que, a instalação pode ser feita em telhado, solo ou sobre a água. Uma facilidade para um empreendedor transformar seu negócio em uma empresa sustentável.
E claro, muito bem aproveitada em 2020 pela empresa Blukit, referência em hidráulica e gás, de Blumenau (SC). A companhia ostenta a maior usina solar de telhado em Santa Catarina na categoria geração distribuída junto à carga. São 2.202 módulos fotovoltaicos para autoconsumo ou autoconsumo remoto, em projeto que leva toda expertise da Quantum Engenharia.
O retorno deste tipo de investimento vem com economia de pelo menos 50% na conta de energia elétrica tradicional e a curto prazo. No caso do projeto da Blukit, por exemplo, o payback, que é o tempo que o valor do investimento leva para retornar na forma de economia na conta de luz, é de seis anos.
Além disso, também causa um impacto positivo no que tange a preservação do meio ambiente. Dessa forma, nos próximos 25 anos a companhia deixará de lançar 14.563.711 quilos de CO2 na atmosfera, o que equivale a 97 milhões de quilômetros rodados de carro. Ainda se projeta que mais de 370 mil árvores serão poupadas durante esse período.
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