A importância do pensamento sustentável na retomada econômica pós-pandemia

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 22.09.20

A pandemia de covid-19 fez com que a humanidade repensasse velhos hábitos e ressignificasse conceitos, como o da sustentabilidade. Se há pouco tempo ser sustentável era uma opção, hoje, pautar nossas decisões nos pilares da responsabilidade ambiental, social e econômica se tornou uma obrigação. É urgente entender como nossos hábitos de produção e de consumo e o modo como utilizamos os recursos naturais são responsáveis pelo desequilíbrio ecológico.

A crise que atravessamos atualmente exige tomadas de decisão rápidas e assertivas, a fim de mitigar o impacto econômico e social. Nesse cenário, autoridades como os pesquisadores Willian Nordhaus e Paul Romer (Nobel de Economia em 2018) e Richard Thaler (Nobel de Economia em 2017) defendem que os cuidados com meio ambiente devem nortear as novas práticas na economia global.

Um exemplo disso é o manifesto que marcou as comemorações dos 50 anos do Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro deste ano. O documento recomenda que as empresas, independentemente da área de atuação e do porte, orientes seus processos visando à defesa da biosfera e da economia compartilhada e regenerativa. O manifesto defende, ainda, que o valor de uma empresa deve ser medido não somente pelo lucro gerado por suas ações, mas também pela maneira como essas ações impactam seus propósitos socioambientais e de governança.

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A energia solar pode contribuir para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira

Muitas empresas já adotam medidas de redução de plástico e de papel em seus processos e no dia a dia dos escritórios, assim como incentivam a diminuição do consumo de água e de energia elétrica pelos funcionários. No entanto, mesmo com as políticas de redução de consumo, os gastos com energia elétrica representam cerca de 8% das despesas de uma empresa.

A boa notícia é que o mercado de energia solar fotovoltaica tem percebido um aumento na demanda por esse tipo de geração energética limpa e renovável. Há um número crescente de empresas que pretendem se tornar autoprodutoras de energia, reforçando, assim, seu compromisso com a sustentabilidade.

Alguns exemplos disso são os trabalhos realizados pela Quantum Engenharia em organizações de Santa Catarina, como a Cooperativa União Agrícola Canoinhas (Agrosem), o Mercado Backes, a Madeireira Feltz & Feltz, o Centro Empresarial Terra Firme, a indústria Di Colore e a Blukit (maior usina solar em telhados catarinense).

A opção por gerar a própria de energia por meio do sistema fotovoltaico permite que as empresas além de reduzirem sua pegada de carbono e formalizem sua responsabilidade ambiental. A economia com gastos com energia elétrica pode ultrapassar os 90%, gerando mais competitividade e previsibilidade de custos aos empresários.

A recente aprovação do plano de socorro às distribuidoras de energia elétrica pela Aneel recairá no bolso dos consumidores com o aumento da tarifa de energia. Isso, somado à alta do dólar, deverá fazer com que a fonte solar se torne ainda mais competitiva em curto prazo, pois a microgeração e a minigeração de energia surgem como saída para que os consumidores não fiquem à mercê das instabilidades econômicas e das altas tarifárias.

Ainda não temos certeza sobre como essa crise marcará nossa sociedade e
economia, mas é certo que o Brasil possui recursos naturais, insumos e força de trabalho para recuperar a economia de forma consistente e duradoura. Com alguns ajustes nas políticas públicas, essa retomada poderá servir de exemplo para o restante do mundo no aspecto socioeconômico e ambiental.

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