O Brasil está iniciando os incentivos à geração de energia limpa e renovável, saiba como o sistema fotovoltaico faz parte dessa ação
As indústrias, comércios, prédios públicos e residências dependem de energia elétrica para o funcionamento. Não conseguimos viver em unidades urbanas sem equipamentos eletrônicos, água quente e energia saindo das tomadas. O que vem acontecendo nos últimos anos, com a crise de abastecimento de água, é a redução de produção de energia e o risco de apagões que causam a elevação dos custos na fatura do serviço e obrigam o governo a importar dos países vizinhos.
No Brasil a principal fonte de geração de energia é procedente das usinas hidrelétricas. O país é o terceiro, no mundo, em capacidade de produção, isso porque nossa geografia é rica em rios com grandes extensões e que correm sobre planaltos. O país explora muito pouco a produção de energias limpas, como a solar, fotovoltaica e eólica. Essas são fontes naturais que transformadas e repassadas para a rede convencional podem abastecer residências, instalações corporativas e prédios públicos. A tendência mundial é a busca por novas fontes de energia que possam atender ao acelerado crescimento da demanda, de forma não poluente e sustentável.
No maior país da América Latina temos todas as fontes energéticas, sejam as que já estão consolidadas como as que despontam no cenário a médio e longo prazo. No caso da geração de energia elétrica a partir de fontes fotovoltaicas, o mercado brasileiro é extremamente promissor. Além do fato do país possuir, por conta da sua localidade geográfica, uma fonte inesgotável do principal insumo, o sol, também dispõe da matéria prima essencial para a produção do silício utilizado na fabricação de células fotovoltaicas.
Nos países da Europa já é possível observar o crescimento de instalação dos sistemas fotovoltaicos. Segundo a Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica (EPIA), foram construídas somente ao longo de 2010 plantas quem somam 13.000MW em potência instalada. O número representa uma expansão de 86% e faz o continente chegar aos 28.000MW em usinas desse tipo de fonte – o suficiente para abastecer o consumo médio de 10 milhões de residências europeias.
É notável que em países da Europa e da Ásia, além dos Estados Unidos, haja forte crescimento do parque instalado, enquanto a participação desta fonte ainda seja mínima no Brasil. Estimativas preliminares de consumo aparente dão conta de uma demanda doméstica de no máximo 7 MWp, em 2011, ao passo que a capacidade instalada da Alemanha, em locais onde a irradiação é inferior à brasileira, já se aproxima dos 25.000 MWp acumulados até 2011, segundo dados da EPIA.
Em outubro de 2014 um leilão realizado pelo governo brasileiro incluiu a energia fotovoltaica na matriz energética do Brasil. Os projetos de energia solar fotovoltaica que forem aprovados pelo Governo após o leilão começam a ser executados em 2017. A partir dai, com a diminuição dos impostos para a produção das placas fotovoltaicas em solo brasileiro haverá também a redução do custo de instalação do sistema pelo consumidor em geral, trazendo uma esperança de que mais consumidores possam se tornar microgeradores de sua própria energia.