O que é geração distribuída? Saiba como funciona esse modelo que vem atraindo investimentos públicos e privados

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 08.10.19

O investimento e crescimento do país em energia solar fotovoltaica refletem em benefícios para os consumidores. Optar pela utilização de de energia renovável, como a energia solar, é uma atitude sustentável. Afinal, o sistema contribui com o meio ambiente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, como CO2, e gerando economia na conta de luz. 

As vantagens são tantas que a cada ano surgem novas regras para o setor e medidas que facilitam a aquisição de equipamentos para a geração de energia elétrica em menor escala, independente das grandes usinas hidrelétricas. 

Um desses modais é o de geração distribuída (GD), que consiste na geração de energia elétrica em no próprio local em que é consumida ou próxima à unidade de consumo. Entre as principais vantagens da GD sobre a geração de energia centralizada está a redução de investimentos em transmissão e a diminuição das perdas energéticas. Isso contribui positivamente para a qualidade da energia produzida/consumida e para a eficiência do serviço.

Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que os sistemas de micro e minigeração distribuída de energia solar já possuem mais de 200 MW de potência instalada no país e esse crescimento é uma resposta às demandas dos consumidores, cada vez mais preocupados com questões socioambientais e atraídos, ainda pelo bom desempenho econômico da energia fotovoltaica

De acordo com um recente levantamento realizado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), maiores responsáveis pelo aumento no número de micro e minigeradores são empresas do comércio e de prestação de serviço, que lideram o mercado com 43,1% da potência instalada no Brasil.

No ano passado (2018), o Brasil ficou em 11° lugar no ranking de países em expansão de potência instalada de energia solar fotovoltaica, somando 1,2 GW, o que aumentou o total  de potência instalada para 2,3 GW. Os estudos do Planejamento Decenal de Expansão de Energia 2027 (PDE 2027) demonstram que a capacidade instalada de energia solar instalada no país deverá chegar a 18,1 GW, sendo 8,8 GW centralizados e entre 9 GW e 12 GW de geração distribuída, até 2027.

Ainda segundo o PDE 2027, o setor deverá receber cerca de 60 bilhões em investimentos, e a estimativa é que o número de novos usuários do sistema de micro ou minigeração distribuída seja em torno de 1,40 milhão. 

Vale citar outros dados relevantes apontados pelo PDE 2027: há previsão de que a oferta de energia total do país subirá de 293 para 367 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo), desses, acredita-se, que 47% sejam provenientes de fontes limpas e renováveis, o que representa um aumento de 2%; e a oferta de energia elétrica passará de 624 TWh para 889 TWh, e as fontes renováveis e limpas serão responsáveis por 87%, gerando um aumento de 4% em relação ao indicador atual (83%).

Para o presidente da Quantum Engenharia, Gilberto Vieira Filho, o fato de qualquer consumidor poder conectar sua geração própria ao sistema geral de distribuição – de acordo com as regras da concessionária do município – reflete em um maior desenvolvimento econômico, social, ambiental e estratégico no país.

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