Modernização da iluminação pública e as cidades sustentáveis

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 29.10.21

Construir cidades sustentáveis implica em pensá-las não apenas do ponto de vista econômico e social, mas também do ambiental, e a modernização dos parques de iluminação pública está entre as políticas públicas que demandam uma maior atenção.

Conforme dados da Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (ABCIP), o Brasil tem cerca de 18 milhões de pontos de IP. A maior parte deles, no entanto, ainda usa lâmpadas de vapor de sódio ou de mercúrio, que possuem elementos tóxicos. Por isso, promover a modernização com tecnologia LED, além de resultar em eficiência energética e economia na conta de luz municipal, também é uma forma de proteção do meio ambiente.

Os municípios brasileiros estão, aos poucos, atualizando seus sistemas de iluminação pública (IP). Principalmente porque garantir a eficiência dos parques está entre as responsabilidades das prefeituras. Mas, diferentemente do que muitos gestores pensam, essa prática não está ligada apenas ao fornecimento de luz aos espaços públicos. Ela também agrega diversos outros fatores em seu conceito. Como segurança, estética, praticidade e, principalmente, sustentabilidade às suas administrações.

Por serem mais eficientes, as lâmpadas LED ajudam a reduzir o consumo de energia, a manutenção e o impacto ambiental. Porém, a mudança em massa para essa nova tecnologia gera a necessidade de um mapeamento de todo o processo para gestão dos resíduos. Por esse motivo, a importância da logística reversa, utilizada pelas empresas.

Menos lixo na rua

O Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, conforme dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mas só 4% desse total é reutilizado. O resto vai para os lixões. E a reciclagem, quando ocorre, geralmente é por meio de iniciativas que surgem devido a um problema social, quando famílias catam e vendem materiais recicláveis como forma de sobrevivência.

Ou seja, é um processo que não está propriamente relacionado a uma conscientização ambiental ou regulatória. Além disso, este cenário inclui os insumos da iluminação pública. Dessa forma, de acordo com Gilberto Vieira, CEO da Quantum, a responsabilidade pela destinação correta dos resíduos das lâmpadas é de todos os atores da cadeia. O que engloba fabricantes, importadores, comércios e consumidores finais.

Portanto, cabe aos administradores públicos buscar parcerias e fiscalizar as ações, sendo que a sociedade pode e deve colaborar nesse processo de logística reversa.  Ainda mais que a prática tem como objetivo recuperar valor em produtos e materiais descartados e, dessa forma, trazer o item de volta ao ciclo produtivo para o reuso, reciclagem, redução ou até mesmo descontaminação. Aplicando a destinação final dos resíduos de maneira segura e ambientalmente correta.

O material recolhido é guardado em local específico, conforme as normas ambientais vigentes. Depois, é entregue a uma empresa credenciada para reciclagem, que emite o certificado de descontaminação. Com isso, os municípios garantem que o material não vá parar em lixões ou aterros sanitários, por exemplo.

Panorama da iluminação pública em Santa Catarina

Cidades como Florianópolis, São José, São Francisco, Joinville, Blumenau e Indaial já passaram pelo processo de modernização. Foram mais de 20 mil lâmpadas trocadas, trazendo benefícios aos municípios, população e ao meio ambiente.

Os projetos atuais buscam trocar as lâmpadas de descarga, que são ultrapassadas, por luminárias com lâmpadas de LED. Principalmente para ter mais controle sobre o parque instalado através da telegestão, sendo que este movimento ainda está no início.

As mudanças trazem uma série de benefícios e, entre eles, está o embelezamento da cidade e maior conforto visual, o que estimula a vida noturna, o esporte, o comércio e o turismo, mas não para por aí. Além disso, ambientalmente falando, temos a durabilidade do equipamento: lâmpada de LED pode durar mais que o dobro do tempo de uma tradicional, podendo chegar a mais de 11 anos de uso sem necessidade de troca. Isso acaba reduzindo custos com manutenção e diminui a produção de lixo pelo município.

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