Mercado Livre de Energia

Entenda o que é o mercado livre de energia

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 10.01.23

Você já deve ter ouvido falar sobre o mercado livre de energia. Criado em 1995, este é um ambiente especial de negociação, que permite ao consumidor o contato direto com o gerador ou comercializador de energia elétrica. 

Assim, o setor industrial, comercial e de serviços não ficam reféns das tarifas reguladas pelo Governo. E têm a liberdade de negociar preços, prazo, volume e forma de pagamento diretamente com o fornecedor. 

Sendo que a principal vantagem está na possibilidade de adquirir eletricidade com um melhor custo benefício. Além de assegurar a compra de energia no curto, médio e longo prazo, já prevendo as despesas com energia no período do contrato, o que facilita a gestão financeira.

As empresas que migram para o mercado livre de energia buscam economia, previsibilidade, flexibilidade e customização de contratos.

Quem tem acesso a esse tipo de negociação? 

No Ambiente de Contratação Livre (ACL), a transação é similar ao que já acontece na contratação de serviços como telefonia, internet e TV à cabo, por exemplo. Só que essa possibilidade ainda não está ao acesso de todos. 

No Brasil, atualmente só participa do Mercado Livre de Energia quem possui uma demanda de pelo menos 500 kW. Ou seja, as residências normais ficam fora de grupo. Para termos uma ideia do que esse valor significa, um transformador de rua comum, que abastece várias casas, tem capacidade de 75 kW. 

Sendo assim, o setor empresarial é que acaba sendo contemplado e passa a fazer parte dos chamados “consumidores especiais”, com consumo entre 500 kW e 1500 MW. 

Neste grupo, as empresas podem comprar energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou de fontes como eólica, biomassa ou solar. Já as empresas que possuem uma demanda mínima de 1.500 MW entram no grupo de “consumidores livres” e podem escolher livremente a fonte geradora de energia elétrica.

Mas, pode ser que este cenário mude até 2026. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) vem trabalhando, junto ao Ministério de Minas e Energia (MME), para a aprovação de uma proposta de cronograma de implementação. 

Com isso, todos os consumidores abaixo de 500 kW estariam habilitados para pesquisar e negociar o preço de maneira independente. Fazendo assim, por conta própria, a compra de energia alternativamente ao suprimento da concessionária local.

Vantagens de migrar 

Liberdade de escolha: 

No Mercado Livre de Energia, os consumidores têm liberdade para escolher o fornecedor de energia.

Poder de negociação:

 Através de um contrato bilateral, o cliente é capaz de negociar o preço, prazo, volume contratado, entre outras variáveis que supram a sua necessidade. 

Economia:

Há a possibilidade de uma economia real no custo de energia elétrica utilizada em suas operações. De acordo com especialistas, é possível alcançar uma redução de até 35% em relação aos custos com energia elétrica.

Sustentabilidade:

Nesta modalidade é possível contratar energia de fontes renováveis, que têm menor impacto ambiental e contribuem para a sustentabilidade.

Mercado regulado

Atualmente no país, 68% do consumo de energia elétrica é feito através do mercado regulado. Nele, a energia é comprada pelas distribuidoras por meio de leilões, e o preço é determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 

Nesta modalidade, os consumidores chamados de cativos, só podem comprar energia elétrica da concessionária responsável pela distribuição da energia na região. Dessa forma, não há espaço para nenhum tipo de negociação ou customização. O consumidor paga uma fatura todo mês à concessionária local de energia e está sujeito às tarifas reguladas pelo Governo.

Este mercado é formado principalmente por residências e pequenas empresas, que não têm a demanda mínima de energia para entrar no Mercado Livre de Energia.

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