Estamos tão acostumados com os fios de energia ligando os postes de luz e a iluminação de unidades consumidoras particulares à rede de distribuição que, na maior parte das vezes, sequer imaginamos como seriam as ruas e as paisagens sem a presença dos fios. Além da poluição visual, o cabeamento aéreo também apresenta alto custo de manutenção e de reposição de itens furtados ou vandalizados. Por isso, a utilização de fiação subterrânea é uma solução inteligente e viável cada vez mais utilizada em grandes centros urbanos, não somente para iluminação pública como em polos industriais e condomínios residenciais.
A boa gestão da iluminação, aliada ao uso de práticas mais eficientes pode tornar situações delicadas como essas menos frequentes. A Quantum Engenharia, responsável não somente por projetos e execução de sistemas fotovoltaicos e gestão de iluminação pública, também oferece – entre outros – serviços e projetos de cabeamento subterrâneo para redes públicas e privadas. Gilberto Vieira, diretor-presidente da Quantum, afirma que “apesar de ainda representar a maior parte dos sistemas de iluminação no país, a fiação exposta é altamente suscetível ao vandalismo, ventanias e trovoadas.
Isso coloca a segurança da população em risco, causa manutenções constantes, encarecendo os custos para manter tudo operando normalmente”, por isso, Vieira defende que a mudança para fiação subterrâneo garante diversos benefícios, entre eles a redução da poluição visual: “Como o sistema subterrâneo é muito mais duradouro acaba, em longo prazo, sendo economicamente mais viável. Isso porque os custos com reparos chegam a ser até 80% menores do que na rede aérea, exigindo menos substituições de cabos e consertos mais espaçados”.
Em Santa Catarina várias cidades já contam com fiação subterrânea. É o caso, por exemplo, de Joinville, São José, Florianópolis e Lages. No Estado, porém, apenas 1.200 quilômetros das linhas são enterradas. No Brasil, esse percentual não chega a 2%.
Pensando em inovação, segurança e economia, o condomínio La Società San Simone, em Criciúma, decidiu abolir a fiação aérea dos 142 terrenos colocados à venda no empreendimento, que fica na região central da cidade. “A poluição visual com a rede aérea é muito grande. No mais, o cabeamento subterrâneo valoriza o metro quadrado em até 40%”, afirma Fernando Luiz Weber, diretor da Weber Empreendimentos, responsável pelo condomínio.
No espaço, construído há dois anos, até o momento não foram necessárias manutenções no sistema, que oferece, ainda, facilidades maiores para fazer a ligação da energia da rua para a residência. Outra vantagem das redes subterrâneas é o fato de não serem condutoras de sobretensões, causa frequente da queima de equipamentos nas residências ou de vandalismo, como roubo de cabos.