Nos últimos anos, a sociedade como um todo passou a se interessar mais pelo tema da energia solar fotovoltaica. Já não é algo fora do normal você enxergar as famosas placas solares tanto em áreas urbanas quanto na rural. Afinal, empresas e clientes residenciais estão se rendendo à tecnologia para a produção da própria energia. Principalmente como reflexo do aumento significativo nas contas de energia elétrica decorrente da alta do consumo e do receio com a crise hídrica no Brasil.
Dessa forma, a energia solar e a economia estão de muitas formas, conectadas. A geração solar no país vem em uma crescente animadora e especialistas garantem que ter uma energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o país recuperar a sua economia e conseguir crescer. Dessa forma, a fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos. Além, é claro, de garantir um desenvolvimento sustentável, com crescimento econômico e provimento das necessidades básicas humanas sem o desgaste e poluição ambiental.
A posição geográfica do Brasil é outro facilitador. O país está localizado em uma região estrategicamente favorável, com grande potencial para explorar este tipo de fonte de energia. Sendo que, em todo o território nacional existem diversas regiões com espaços disponíveis e alta incidência solar, ambos fundamentais para a implantação desta tecnologia.
Por isso, enquanto alguns setores esfriaram durante a pandemia, o mercado de geração distribuída – aquela energia gerada no próprio local de consumo ou próximo a ela – só aqueceu. E isso se deve, grande parte, à tecnologia, que avança reduzindo os custos dos equipamentos, e a uma mudança de paradigmas, que tem gerado um aumento nos investimentos em usinas solares. Além, é claro, dos incentivos fiscais e financiamentos disponíveis para quem deseja adquirir um sistema empresarial de geração de energia fotovoltaica.
Energia solar e a economia: os números apontam crescimento positivo
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar já trouxe ao Brasil, desde 2012, mais de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos. Da mesma forma que também gerou R$ 20,9 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e mais de 420 mil empregos. Sendo que, quase 90 mil postos foram gerados em 2020, em plena pandemia. Mas não para por aí. Ecologicamente correto, o sistema já ajudou a evitar a emissão de mais de 18 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Ainda segundo dados da Absolar, em março o Brasil ultrapassou a marca histórica de 14 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica. Este número leva em conta parques centralizados e a geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, a chamada geração distribuída. Uma tecnologia que cresceu vertiginosamente no país e ganhou ainda mais força após a aprovação do marco regulatório, sancionado em janeiro de 2022.
A expectativa é que este valor dobre até o final do ano, principalmente por ser o último ano de prevalência da Resolução Normativa 482/2012. Ou seja, os interessados em projetos de geração distribuída estão correndo para instalar os sistemas até 6 de janeiro de 2023. Prazo final para garantir a isenção por 25 anos dos impostos criados pelo Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída.
Além disso, o potencial da Região Sul para a produção de geração distribuída no país vem se mostrando bastante significativa nos últimos meses. De acordo com dados da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, os estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão focados nesse tipo de produção. Sendo assim, permanecem hoje entre as seis melhores posições no ranking estadual de GD do país, gerando juntos mais de 2 MW de energia.