De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o crescimento da população mundial é de 1,7% ao ano. Esse aumento representou cerca de dois bilhões a mais de pessoas nos últimos 30 anos.
Ainda segundo a ONU, no último relatório Perspectivas Mundiais de População 2019, publicado pela Divisão de População do Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais, até 2050, a população do planeta Terra deverá ser de aproximadamente 9,7 bilhões de pessoas.
Serão quase dez bilhões de seres humanos utilizando recursos naturais do planeta. E muitos desses recursos não são renováveis. O que torna urgente a adoção de hábitos que substituem o uso predatório de recursos pelo consumo consciente e a preferência pelo uso de recursos renováveis, como as matrizes limpas de energia – principalmente a energia solar e a energia eólica.
E essas são as principais tendências para o mercado energético global em 2021!
Ainda no primeiro semestre de 2020, a energia solar passou a responder por 1,6% da matriz energética brasileira, isto é, 2,87 GW de potência instalada no Brasil passou a prover de uma fonte de energia limpa, renovável e sustentável.
A previsão da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSolar) é que o país entre em 2021 com cerca de 175 mil sistemas fotovoltaicos on-grid instalados (0,21% das unidades consumidoras). O que faz da energia solar fotovoltaica uma grande tendência para o novo ano.
Outra tendência para 2021 é a geração de energia distribuída. E especialistas em mercado energético apontam que o Brasil deve se tornar um dos três grandes mercados de geração distribuída (GD) com energia solar de todo o mundo e o primeiro na América Latina.
A aposta é que, controlada a crise causada pelo coronavírus, o mercado de energia solar retomará o crescimento, puxado pela China, o grande gerador de energia fotovoltaica mundial.
A geração distribuída (GD) tem no Brasil um enorme parque para seu desenvolvimento, tanta pelas condições naturais quanto pelos investimentos crescentes no setor e, obviamente, pela mudança de mentalidade do consumidor que, cada vez mais, vem conhecendo os benefícios da geração de energia fotovoltaica tanto em usinas quanto em sistemas particulares (residenciais, comerciais ou industriais).
Gilberto Vieira, presidente da Quantum Engenharia, acredita que os grandes projetos de usinas fotovoltaicas que deverão ser instaladas nos próximos anos no Brasil farão com que o país vire seus olhos para a energia solar como a melhor substituta para as hidrelétricas (atualmente, a maior matriz brasileira).
A geração distribuída é um modal de produção e distribuição de energia solar fotovoltaica. Uma das principais vantagens da GD sobre a geração de energia centralizada é a redução de investimentos em transmissão e a diminuição das perdas energéticas, o que contribui para entrega de uma energia com menos perda, melhor qualidade, mais eficiência e menor custo.
Gilberto Vieira Filho explica que a GD permite que qualquer consumidor conecte sua geração própria ao sistema geral de distribuição – de acordo com as regras da concessionária do município – e essa facilidade será um catalisador de desenvolvimento econômico, social e ambiental no Brasil.