O aumento da população mundial exige hábitos de consumo mais sustentáveis: Como o crescimento da energia solar reflete os novos comportamentos

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 15.06.20

A Quantum Engenharia completa 30 anos em 2020 e, neste tempo, assistiu ao crescimento em mais de 50% da população brasileira – no mundo, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o crescimento anual é de 1,7%, número que representa quase dois bilhões de pessoas a mais nas últimas três décadas.

Ainda de acordo com a ONU, no último relatório Perspectivas Mundiais de População 2019, publicado pela Divisão de População do Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais, até 2050, a população mundial deverá manter o ritmo de crescimento e passará dos atuais 7,7 bilhões para cerca de 9,7 bilhões de pessoas. Esse aumento representa maior uso de recursos naturais do pla

Por sua vez, exige mudanças nos modos de produção e nos hábitos de consumo, afinal, a Terra é um organismo finito e velocidade de regeneração dos recursos é muito inferior à que consumimos tais recursos. Com isso, passamos a conviver com o risco de colapso em diversas estruturas, como produção de alimentos, capacidade hídrica e matrizes energéticas.

ENERGIA SOLAR COMO ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL

Quando tratamos da crise no setor energético, não podemos culpar apenas o desabastecimento dos reservatórios das hidrelétricas. É fundamental considerar crescimento populacional, e a demanda per capta de energia que aumenta cerca de 2% ao ano. As indústrias e o agronegócio são os maiores responsáveis por esse aumento. Mas o gasto residencial também cresce significativamente a cada ano. Por isso, cada vez mais pessoas vêm atentando para urgência de se criar soluções que amenizem o impacto dos nossos hábitos predatórios de consumo e economizem recursos de maneira sustentável.

E ao falarmos de utilização sustentável dos recursos, falamos não somente do meio ambiente (recursos naturais), mas também de economia de dinheiro e de recursos humanos. Afinal, a sustentabilidade se pauta nesses três pilares – meio ambiente, finanças e comunidade. Somente com o equilíbrio dessas três esferas podemos criar uma sociedade mais justa e com melhores perspectivas de futuro.

O QUE É CONSUMO SUSTENTÁVEL E COMO ELE IMPACTA NA GERAÇÃO DE ENERGIA?

Para a ONU, no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o consumo sustentável é aquele que envolve desde a escolha de produtos que utilizaram menos recursos naturais em sua produção. E, também, que geraram empregos de acordo com as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que poderão ser reciclados ou reutilizados. Isso significa que o consumo sustentável está ligado à escolha mais consciente por produtos que gerem menor impacto ambiental e social durante sua produção, seu uso e seu descarte.

[Leia também: Responsabilidade ambiental corporativa: Entenda como novos hábitos de consumo podem fazer uma empresa sustentável]

Mudar os hábitos de consumo significa se tornar mais crítico e racional em relação aos produtos e serviços que adquire, não agir por impulso e modismo e ponderar a necessidade real de cada compra. São exemplos de atitudes sustentáveis de consumo:

  • Priorizar produtos duráveis em detrimento dos descartáveis ou programados para se tornarem obsoletos rapidamente;
  • Valorizar a produção e o desenvolvimento local;
  • Fomentar a partilha de produtos;
  • Dar preferência a opções virtuais no lugar dos materiais;
  • Não desperdiçar alimentos, água e energia;
  • Encontrar a satisfação no fazer e na troca, mais que na aquisição de novos produtos;
  • Priorizar o uso de energia proveniente de fontes limpas e renováveis;
  • Promover o aproveitamento integral dos produtos;
  • Reutilizar sempre que possível e descartar corretamente os produtos quando necessário.

CRESCIMENTO NO SETOR REVELA MUDANÇA DE HÁBITO DA POPULAÇÃO

O aumento do setor de energia solar reflete as mudanças nos hábitos de consumo da população. No Brasil, em 2019, os investimentos em energia solar ultrapassaram 15 bilhões de reais, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Se considerarmos as demais fontes de energia limpa, o Brasil fechou 2018 como o segundo país que mais gerou empregos na geração de energia limpa e renovável do mundo, como consta no relatório Renewable Energy and Jobs, produzido
e divulgado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).

Mais de um milhão de empregos foram criados na cadeia de produção de energias renováveis naquele ano. Com isso, ficamos atrás somente da China. Seguindo esse crescimento, a ABSOLAR prevê que, até 2040, a energia solar será responsável pela maior parte de geração energética na matriz brasileira, com 32% de participação, ultrapassando a hidreletricidade, que ficará com 29% do setor.

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