Começa um ano decisivo para a energia solar no Brasil

Impulsionado pela expansão registrada em 2020, o Ano Novo começa com boas expectativas para a energia solar no Brasil. O incremento das usinas solares em 2020 foi de 130% com relação ao ano anterior, ou seja, de novembro de 2019 a novembro de 2020, foram instalados no país 162 mil novos sistemas de geração distribuída solar – conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição. 

Os números revelam que o último ano, impactado pela pandemia, intensificou as preocupações com a preservação ambiental, alinhando ainda mais o consumidor brasileiro com a tendência global da economia de baixo carbono, que tem na energia solar um grande aliado. Só nos últimos oito anos, o setor fotovoltaico nacional, fonte ideal de energia limpa, evitou que fossem emitidos na atmosfera 1,1 milhão de toneladas de gás carbônico (CO2), um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. 

Crescimento do sistema no país

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), de janeiro a outubro do ano passado, houve um crescimento de 52,6% de geração solar no país em megawatts (MW). No ranking nacional, o estado de Santa Catarina ocupa a 7ª posição em potência instalada, com 214,8 MW (4,9% do total no País), abaixo de Goiás, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e a líder Minas Gerais, com 826,4 MW (18,9% do total nacional).

Ainda assim, a energia solar seguiu com participação tímida na matriz elétrica nacional, com a geração de 2.989 MW em 2020, e carregando um potencial de expansão forte e latente. Para se ter uma ideia, o Atlas Brasileiro de Energia Solar calcula que diariamente o Sol incide em nosso País entre 4 mil Wh/m² e 5 mil Wh/m². Somos tão privilegiados que o local mais ensolarado da Alemanha, um dos líderes no uso da energia fotovoltaica, não consegue gerar tanta eletricidade quanto o local menos ensolarado do Brasil. 

As boas expectativas nacionais para o setor em 2021 caminham ao lado da esperada aprovação do Projeto de Lei 5829/2019, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados para depois seguir ao Senado e, finalmente, receber aval da União. O projeto trata dos encargos dos sistemas de transmissão e distribuição, beneficiando consumidores que geram a própria energia por fontes renováveis, como a solar, e injetam o excedente na rede de distribuição local. Sua aprovação será um novo marco regulatório para o setor e trará a segurança jurídica necessária para impulsionar definitivamente os investimentos e a adesão à energia solar no País.

Setores tradicionais aderem à energia solar

Este é um caminho necessário no momento em que a energia solar ingressa em setores tradicionais, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Consórcio Sol da Justiça, do qual a Quantum Engenharia faz parte,  conquistou a oportunidade de suprir com energia limpa uma das mais altas instâncias do Poder Judiciário nacional. O consórcio irá fornecer uma usina solar fotovoltaica, na categoria de minigeração, em forma de locação de Sistema de Geração Distribuída. 

Outros projetos nacionais, como a adoção da energia solar em programas populares de moradia, são esperados em 2021. Os avanços projetados pelo setor brasileiro de energia solar neste ano serão decisivos para a construção de um presente mais sustentável e de um futuro ambientalmente seguro para todos.