Brasil no top 10 países que mais instalaram energia solar

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 25.06.21

Conquistando literalmente o seu lugarzinho ao sol, o Brasil está entre os dez países que mais instalaram sistemas de energia solar no mundo em 2020. Dessa forma, passou a integrar um seleto grupo liderado por grandes potências como China, Estados Unidos, Vietnã, Japão e Alemanha.

Os bons resultados foram apresentados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a partir de dados da International Energy Agency Photovoltaic Power Systems Programme. Isto é consequência, principalmente, de um bom momento do setor no país que, mesmo com os impactos da pandemia, conseguiu se manter em crescimento.

No total, foram registrados 3,15 gigawatts (GW) em novos empreendimentos de geração solar em 2021. Sendo 2,53 GW (80%) em sistemas de geração distribuída e 617,6 MW (20%) em geração centralizada. Valores que demonstram uma expansão puxada basicamente pelos pequenos sistemas. Ou seja, placas solares instaladas em telhados ou terrenos, que geram energia para atender à demanda de casas, estabelecimentos comerciais e indústrias, ou até mesmo prédios públicos.

Com esse resultado, o Brasil conseguiu superar a Holanda e passou a ocupar a nona posição no ranking mundial de potência adicionada anual da fonte solar fotovoltaica em 2020. Um dos melhores desempenhos do país, que antes só havia entrado no “top 10” do setor apenas em 2017, quando ficou na 10ª colocação. E, recentemente, o mais próximo que conseguiu chegar foi em 2018 e 2019, quando ficou em 11º e 12° lugar, respectivamente.

Para 2021, a expectativa da Absolar é de que o Brasil deva subir no ranking, principalmente pelo momento em alta da indústria no país. E se o setor solar movimentou cerca de 15,9 bilhões de reais em investimentos locais em 2020, para este ano, a entidade diz que as projeções apontam para aportes ainda maiores, estimados em 22,6 bilhões de reais.

Energia solar e geração de empregos

Mesmo com a economia em um momento de baixa, o setor de geração de energia solar fotovoltaica continua sendo uma importante fonte de produção de empregos qualificados no Brasil. Afirmação facilmente comprovada pelas médias nacionais e internacionais. Os números apontam que cada 1 megawatt instalado representa cerca de 30 novos empregos diretos no setor.

Além disso, de acordo com a Absolar, apenas em 2020 o segmento trouxe para o Brasil R$ 15,9 bilhões em novos investimentos e mais de 99 mil novos empregos. Números que ganham ainda mais representatividade se pegarmos os dados dos últimos oito anos. Nesse período, o País acumulou R$ 42,1 bilhões em investimentos, o que gerou mais de 236 mil empregos.

Como projeção, a Absolar acredita que a criação do marco legal da geração própria de energia renovável, a partir da aprovação do Projeto de Lei nº 5.820/2109, será fundamental para manter o desenvolvimento. A novidade poderá trazer R$ 139 bilhões em novos investimentos para o País até 2050, além de mais de um milhão de novos empregos nos próximos anos.

Produção de energia solar no Brasil

Apesar da pouca expressividade da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira atual, essa fonte possui grande potencial de crescimento no país. Principalmente pelo Brasil ser um dos maiores detentores de recursos solares do mundo.

Por isso, tem chamado a atenção tanto da iniciativa pública quanto da privada, que vêm investindo expressivamente no setor. E, da mesma forma, a energia solar fotovoltaica também atua como um recurso para diminuir os impactos ambientais e obter redução de custos. Além, é claro, de diminuir a dependência de combustível fóssil, que é mais poluente.

Somente em 2021, a Absolar estima que os investimentos serão de R$ 22,6 bilhões, o que geraria um crescimento de 4,9 gigawatts, mas se pensarmos a longo prazo, esse upgrade seria ainda mais significativo. 

O Plano Nacional de Energia 2050 (PNE), divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, aponta que o Brasil pode atingir 132,5 Gigawatts (GW) de capacidade fotovoltaica até o final de 2050. E esta estimativa inclui tanto as instalações em grandes usinas, como as de projetos de mini e microgeração distribuída. Todas com boas perspectivas para ambos os segmentos.

Além disso, o PNE projeta, para a geração centralizada, uma capacidade instalada de até 90 GW. O que elevaria para 16% a participação da energia fotovoltaica na matriz elétrica brasileira em 2050, que hoje é de apenas 1,7%.

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