Tradicionalmente, a chuva do fim do verão marca o começo do período de estiagem em todo o Brasil. Com isso, os níveis dos rios e dos reservatórios caem, as hidrelétricas passam a não produzir energia necessária para abastecer as unidades consumidoras, as termelétricas precisam ser ativadas, e a conta de luz aumenta. Desde maio, bandeira tarifária da conta de energia elétrica voltou a subir (passou de verde para amarela), e em junho, a bandeira vigente é a vermelha patamar 2.
As bandeiras tarifárias foram criadas para que o consumidor pudesse visualizar melhor os custos da geração de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) acredita que, com a adoção desse sistema de cores (verde, amarela e vermelha), fica mais fácil para os consumidores economizarem energia.
Basicamente, as cores significam o acréscimo, em Reais, a cada 100 kWh consumidos. Neste junho de 2018, a bandeira vermelha patamar 2, o custo extra será de R$ 5 a cada 100 kWh.
Durante a vigência da bandeira vermelha, alguns cuidados para não desperdiçar energia elétrica devem ser redobrados, a fim de se evitar prejuízos na conta de luz, por exemplo:
– tomar banhos de, no máximo, cinco minutos;
– verificar se não há escape de energia nos aparelhos;
– quando possível, trocar aparelhos elétricos antigos por novos e mais eficientes;
– diminuir o tempo de uso de condicionadores de ar e/ou de aquecedores e realizar manutenção periódica nesses aparelhos;
– abrir a porta da geladeira somente quando for necessário e retirar ou colocar os itens dela de uma vez;
– regular a temperatura interna da geladeira conforme instruções do fabricante;
– verificar as borrachas de vedação da geladeira;
– sempre que possível, trocar as lâmpadas comuns por LED;
– passar um volume maior de roupas por vez;
– retirar aparelhos da tomada quando for passar muito tempo fora de casa.
No Brasil, a energia elétrica vem, principalmente, das usinas hidrelétricas, por isso sofre redução da produtividade em períodos de estiagem. Com a baixa de volume dos reservatórios, a produção se torna ineficiente, fazendo com que seja necessário ativar usinas termelétricas (movidas a gás natural ou carvão, predominantemente), com isso, o custo da geração de energia elétrica aumenta. E quem paga essa conta, no final, é o consumidor.
As placas fotovoltaicas são uma resposta ecológica e econômica aos problemas de abastecimento de energia elétrica. O retorno do investimento se dá, em média, em cinco anos, e a placas têm vida útil de até 30 anos. Nos últimos dez anos, a redução no valor de aquisição do sistema diminuiu 70% e, além da economia na conta de luz, ainda há a possibilidade de entregar o excedente à concessionária e ganhar créditos de energia para quando precisar. Por isso, muitas empresas têm migrado do sistema tradicional para a geração fotovoltaica.