Artigo publicado em revista nacional fala sobre economia na iluminação pública

O artigo publicado na revista O Setor Elétrico assinado pelo engenheiro Gilberto Vieira Filho, explica como a tecnologia LED e a energia solar podem gerar economia na iluminação pública.

Confira o artigo na íntegra:

Tecnologia gera economia na iluminação pública

A tecnologia tornou-se comum no cotidiano das pessoas. Os eletroeletrônicos e eletrodomésticos ganham novas versões mais rápidas, econômicas e eficientes. Esses avanços chegam a todos os lugares, inclusive na iluminação pública do Brasil, que está atravessando um momento de profunda transformação. Focadas na eficiência e economia, novas tecnologias ganham espaço nas cidades, oferecendo segurança e sustentabilidade ambiental. Mudança necessária para acompanhar a demanda crescente e o encarecimento da energia elétrica no país. Podemos dizer que há no Brasil mais de 18 milhões de pontos de iluminação publica. Desse total, uma parte significativa é composta por lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão, em menor escala, ainda por lâmpadas a vapor de mercúrio de baixo rendimento. Ambas apresentam menor potencial de iluminação, durabilidade e economia se comparadas com as de LED. Essas por sua vez, apresentam consumo até 90% menor de energia e vida útil até 50 vezes superior ao das lâmpadas convencionais. Outro fator que contribui para a economia da iluminação pública é o sistema de energia fotovoltaica, que gera cidades mais sustentáveis, com perspectivas de melhoras em mobilidade e até mesmo na qualidade do ar, já que o sistema reduz a emissão de gases de efeito estufa. Um estudo realizado pela ONG Internacional The Climate Group buscou compreender os benefícios de investir em projetos de iluminação pública com tecnologia LED. Das 12 cidades pesquisadas o que se notou foi uma economia energética de até 70%, chegando a 80% quando combinado a um sistema de gestão e controle inteligente que permite, por exemplo, identificar lâmpadas queimadas, acesas durante o dia e até mesmo atos de vandalismo na rede. Esse tipo de modernização pode ser notada, por exemplo, em Blumenau, cidade de Santa Catarina. Somente em 2016 a prefeitura instalou 1.860 luminárias LED no município. Esta melhoria tem garantido segurança para quem trafega pelas ruas e incentivado o movimento no comércio destas regiões. Além de representar economia de recursos, esses números revelam também um futuro positivo para o meio ambiente. Atualmente as cidades são responsáveis por dois terços do consumo de energia, portanto, sem o uso de mercúrio na produção e com consumo de energia elétrica inferior, o LED é, sem dúvida, menos agressivo à natureza. O barateamento da tecnologia LED somado a necessidade crescente de economia após os sucessivos aumentos no valor da energia elétrica devem favorecer a popularização desse tipo de investimento. Blumenau, bem como outras cidades catarinenses, já deu o primeiro passo a fim de entregar mais qualidade e eficiência à população, tornando-se um exemplo a ser seguido. Os números comprovam esta nova e sustentável tendência. Nos últimos dois anos a produção fotovoltaica aumentou em 70% em todo o mundo e houve um crescimento significante no investimento em lâmpadas de LED. São várias as razões para esse crescimento tão significativo. Entre eles, e talvez um dos mais relevantes, é o barateamento dos equipamentos. Nos últimos dez anos, por exemplo, houve redução de 70% no preço de aquisição da energia solar. Isto gera ainda outro dado positivo, a diminuição de tempo para retorno no investimento que antes era de 25 anos e agora é, em média, de somente cinco.

Gilberto Vieira Filho,

Presidente e Engenheiro da Quantum Engenharia.

Publicado na edição de Setembro.