Brasil atrai investimentos em energia solar

Avatar Quantum EngenhariaPor Quantum Engenharia | 16.03.21

Que o Brasil é abençoado por Deus e bonito por natureza, disso não temos dúvidas. Mas o fato dele ser um país tropical, com localização geográfica privilegiada, traz outras vantagens. É o país que mais recebe irradiação solar em todo o mundo. Ou seja, a localização mais próxima da linha do Equador garante uma alta incidência de sol durante todo o dia, com pouca variação ao longo das estações do ano. Cenário ideal para a exploração fotovoltaica.

Por isso, segundo análise da Aliança Solar Internacional (ASI), o Brasil é uma das quatro regiões no mundo mais propícias para o investimento em geração de energia solar. E para chegar nesse resultado, o estudo avaliou as condições técnicas e comerciais para o desenvolvimento desse tipo de energia em 80 países que não fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Neste ranking também estão Índia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Todos entre as primeiras colocações, como os países que reúnem as melhores condições.

Ainda de acordo com o levantamento da ASI, a capacidade de geração solar instalada no Brasil cresceu, em média, 259% ao ano entre 2015 e 2019. Em 2020, muito em reflexo da pandemia, esse índice fechou em 70%, mas manteve o mercado em expansão. Já em 2021, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) prevê um crescimento de 68%. E com isso, acredita que haverá um salto dos atuais 7,46 gigawatts (GW) para 12,56 GW de capacidade instalada de projetos de geração de energia solar fotovoltaica. E esta projeção inclui tanto as usinas de grande porte (“geração centralizada”) quanto sistemas de geração distribuídos em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

Importação zero como estímulo

Mas não para por aí as boas novas para o mercado nacional. Especialistas acreditam que este ano o Brasil pode ficar entre os três maiores mercados de geração distribuída com energia solar do mundo. Para eles isso é só uma questão de tempo, assim que forem superados os desafios gerados pela pandemia de COVID-19 e pela desvalorização da moeda.

E um dos grandes incentivos para o crescimento do Brasil neste segmento está no fato do governo ter zerado o imposto de importação sobre alguns equipamentos responsáveis pela geração fotovoltaica. Isso torna a adoção da tecnologia ainda mais vantajosa, proporcionando uma oportunidade de crescimento exponencial para todo o setor. 

Desde o ano passado, cerca de 109 equipamentos ganharam a isenção de taxas e tarifas. Entre eles inversores fotovoltaicos, conversores estáticos para sistemas solares e amortecedores de trackers. Além disso, também entram na lista os rastreadores solares, que são aproveitados em grandes usinas para acompanhar a posição do sol, o que aumenta a produtividade da unidade. 

Valorização do poder público

Outro ponto que fortalece o setor é que além de instituições privadas, cada vez mais o poder público está aderindo a este tipo de sistema. Como , por exemplo, o Sol da Saúde, recente conquista da Quantum na cidade de São Paulo. A empresa ganhou a concessão de 25 anos para a implantação, operação e manutenção de centrais para geração distribuída de energia solar fotovoltaica. E a Estrutura que será montada vai exclusivamente para suprir a demanda energética de unidades consumidoras vinculadas à Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, incluindo 80 postos de saúde.

Neste caso, a política pública visa garantir energia limpa e acessível, garantindo economia financeira de, no mínimo, 25% aos cofres públicos e mais qualidade de vida à população. Principalmente porque ao longo da concessão, 24,5 milhões de toneladas de gás carbônico deixarão de ser emitidos na atmosfera, o que diretamente atua na preservação do meio ambiente.

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